Saturday, December 14, 2013

Bíblia de Jerusalém - Letra Grande






Bíblia de Jerusalém apresenta um TEXTO com muitas revisões e novas opções textuais. Certos livros (Miquéias, Eclesiástico, p. ex.) foram substancialmente remodelados. No Antigo Testamento há considerável volta ao texto hebraico, deixando de lado versões preferidas anteriormente. Certos textos do Novo Testamento também trazem uma tradução inteiramente nova (cf. p. ex. Filipenses 2,6-11). Como conseqüência das novas opções de tradução do texto, as NOTAS também foram modificadas, ampliadas ou substituídas. O volume de notas aumentou consideravelmente. É visível a incorporação das novas pesquisas e estudos posteriores à edição do texto francês em 1973.
As INTRODUÇÕES apresentam novas opções que também estão refletidas nas notas. Isso se verifica principalmente na visão da formação do Pentateuco. O evangelho de João, p. ex., mostra uma virada hermenêutica total, que se pode constatar tanto na introdução como nas notas. Vários livros e conjuntos literários receberam novas introduções, completamente diferentes das anteriores (p. ex.: Cântico, Sinóticos, João, Hebreus etc.).
A Bíblia de Jerusalém é a edição brasileira (1981, com revisão e atualização na edição de 2002) da edição francesa Bible de Jérusalem, que é assim chamada por ser fruto de estudos feitos pela Escola Bíblica de Jerusalém, em francês: École Biblique de Jérusalem. De acordo com os informativos da Paulus Editora, a edição "revista e ampliada inclui as mais recentes atribuições das ciências bíblicas. A tradução segue rigorosamente os originais, com a vantagem das introduções e notas científicas."
Essas notas diferenciais em relação às outras traduções prestam-se a ajudar o leitor nas referências geográficas, históricas, literárias etc. Suas introduções, notas, referências marginais, mapas e cronologia — traduções de material elaborado pela Escola Bíblica de Jerusalém — fazem dela uma ferramenta útil como livro de consulta, para quem precisa usar passagens bíblicas como referência literária ou de citações.
Se para os cristãos e parte dos judeus a Bíblia foi escrita por homens sob inspiração divina, para um não-cristão, um ateu ou um agnóstico, a Bíblia pode servir como referência literária, já que se trata de um dos mais antigos conjuntos de livros da civilização.
Traduções da Escola Bíblica de Jerusalém
A Escola Bíblica de Jerusalém é o mais antigo centro de pesquisa bíblica e arqueológica da Terra Santa. Foi fundada em 1890 pelo Padre Marie-Joseph Lagrange (1855-1938) sobre terras do convento dominicano de St-Étienne à Jérusalem, convento fundado em 1882 sob o nome original de Escola Prática de Estudos Bíblicos, título que sublinhava sua especificidade metodológica.
Quase sessenta anos depois, em 1956, foi publicada pela primeira vez, em francês, em um só volume, a Bíblia da Escola de Jerusalém, contemplando uma tradução que levava em consideração o progresso das ciências. Para tanto, foram convidados para a colaboração os mais diversos pesquisadores: historiadores, arqueólogos, lexicógrafos, linguistas, teólogos, exegetas, cientistas sociais, geógrafos e cartógrafos. Atribui-se que foi a diversidade de colaboradoras que garantiu traduções acuradas, em temas que cada qual conhecia com profundidade. Mas, em contrapartida, a Bíblia não tinha homogeneidade de texto. Cada qual escrevia no seu estilo.
A próxima etapa, portanto, foi empreender esforços na harmonização do texto, trabalho terminado quase duas décadas depois, em 1973, quando se publicou uma edição revisada, aí então já sob o título Bible de Jérusalem, cuja primeira edição brasileira chamou-se Bíblia de Jerusalém (1981, Paulus Editora). A revisão francesa, de 1998, acabou gerando a nova edição brasileira (Nova Bíblia de Jerusalém), revista e atualizada, pela mesma Paulus Editora, em 2002. Nesta tradução dos originais para a língua portuguesa, também colaboraram exegetas católicos e protestantes.
Contextualização
Os exegetas apontam que o grande diferencial da Bíblia de Jerusalém é que, além da tradução dos originais do hebraico, aramaico e grego, existe a contextualização histórica, dentro do ambiente físico, ambiental e cultural relativo à época em que cada livro foi escrito. Trata-se de uma obra que representara "a união do monumento e do documento", de acordo com Lagrange, criador da Escola Bíblica de Jerusalém, unindo assim "a arqueologia, a crítica histórica e a exegese dos textos".
A Bíblia de Jerusalém é considerada atualmente, pela maioria dos linguistas, como um das melhores bíblias de estudo, aplicável não apenas ao trabalho de teólogos, religiosos e fiéis, mas também para tradutores, pesquisadores, jornalistas e cientistas sociais, independente de serem católicos, protestantes, ortodoxos ou judeus, ou mesmo de qualquer outra religião ou crença.

Acabamento: Capa Dura
Idioma: Português
Edição: 1ª Impressão - 2013 - Tamanho Grande
Número de Páginas: 2208
Editora: Editora Paulus
Ano: 2013
Dimensões (cm): 19 (larg) x 27,5 (alt)
ISBN: 978-85-349-3585-2

YouCat - Preparação para a Crisma - Brasil







By YouCat
A preparação para o sacramento do Crisma é uma das maiores dificuldades e "obras inacabadas" da igreja católica. Não devia acontecer que jovens recebam o sacramento e logo em seguida se despeçam da fé. Frequentemente os jovens quando recebem o sacramento do crisma não têm nem uma idéia vaga do que seja fé, Deus, Jesus, Igreja e o Espírito Santo.
O curso do YOUCAT - Crisma em dois volumes é uma tentativa corajosa de falar sobre o assunto novamente, mas de maneira: jovem, animada, criativa, com fotos e comparações surpreendentes. E também de forma sofisticada e sem medos de contato quando se trata de um tema tão importante como a fé.
O YOUCAT - curso do Crisma é de uma forma legal e piedoso. Ele faz sempre que necessário referência à Sagrada Escritura e ao YOUCAT Desde o seu lançamento em novembro de 2012 o YOUCAT Crisma já recebeu pedidos de traduções em 15 línguas, ou melhor, já foi traduzido nestas línguas.
Os ajudantes no Curso do Crisma e os catequistas comentam: 
  
"Dei uma olhada hoje no YOUCAT - Crisma. Parabéns, vamos usá-lo na nossa paróquia. Ele é realmente piedoso, ótima linguagem e simplesmente bom. En-tusiasmado!"
(Wilfried Kuhn)


"É um livro excelente. Muito bem explicado!!! Todas as perguntas essenciais da fé são na minha opinião respondidas muito compreensivamente."
(Martina Steinhauser-Kampelmann) 


" Olha, eu tenho que dizer, que vocês conseguiram realmente uma obra espetacular! Também para os adultos, que se interessam pela fé, achei-o excelente! Eu creio que vocês, com este livro dão uma contribuição muito importante para a divulgação e o fortalecimento da fé! ... O Espírito Santo esteve com certeza com vocês quando o livro foi programado e escrito!" 
(Mathias Fux)

O YOUCAT- Crisma" fala diretamente aos confirmandos. Eles se sentirão tão à vontade com ele em casa, que o lerão sem querer parar de ler, como se fosse um romance - e mais tarde ainda voltarão a lê-lo com prazer.
O "Guia para o YOUCAT Crisma", que foi pensado para catequistas e ajudantes no curso do crisma, forma uma nova unidade para preparar os jovens de modo mais profundo e sofisticadamente ao sacramento do Crisma. 

ISBN: 978-972-30-1674-1
Editora: Paulus
Paginas: 113 pgs.
Ano: 2012

Thursday, March 28, 2013

Biblia Católica do Jovem - Ave-Maria








By Leonardo Barroso
Trata-se de mais uma iniciativa da Editora Ave-Maria de buscar uma maior conhecimento bíblico e evangelizar todos que desejam conhecer mais sobre o Senhor e Jesus Cristo, traz o mesmo texto biblico encontrado nas Bíblias Ave-Maria Edição de Estudo. Esta é uma edição especilamente voltada ao publico católico-cristão jovem, em consequência à Jornada Mundial da Juventude - Rio 2013 e contém mais de 70 introduções, 850 comentários, 250 ilustrações.
Todos os comentários e introduções foram traduzidos da: Espanha - Editorial Verbo Divino-Estella,Navarra (2008) /  Estados Unidos da America - Instituto Fe y Vida-Stockton,California (2005) / The Catholic Youth Bible-Saint Mary´s Press-Winona,Minnesota.
Título Original: La Biblia Católica para Jóvenes - ISBN:978-84-8169-396-6
Tradução: José Joaquim Sobral
Ilustrações: Roberto de Souza
Projeto Geral: Alicia Maria Sánchez
Sagrada Família: Gabriel Chávez de La Mora

ISBN.: 978-85-276-1321-7
Formato: 16x23cm
Edição: 1ª
Número de Paginas: 1.920 pag
Ano: 2012

Sunday, March 24, 2013

ENCONTRO COM OS REPRESENTANTES DAS IGREJAS E COMUNIDADES ECLESIAIS, E DAS VÁRIAS RELIGIÕES



DISCURSO DO SANTO PADRE FRANCISCO

Sala Clementina
Quarta-feira 20 de Março de 2013

Queridos irmãos e irmãs

Antes de mais nada, agradeço de coração aquilo que o meu Irmão André [o Patriarca Ecuménico Bartolomeu I ] nos disse. Muito Obrigado! Muito obrigado!

É motivo de particular alegria encontrar-me hoje convosco, Delegados das Igrejas Ortodoxas, das Igrejas Ortodoxas Orientais e das Comunidades eclesiais do Ocidente. Agradeço-vos por terdes querido tomar parte na celebração que marcou o início do meu ministério de Bispo de Roma e Sucessor de Pedro.

Ontem de manhã, durante a Santa Missa, nas vossas pessoas reconheci presentes, espiritualmente, as comunidades que representais. Assim, nesta manifestação de fé, pareceu-me viver de forma ainda mais premente a oração pela unidade dos crentes em Cristo e, ao mesmo tempo, ver de algum modo prefigurada a sua plena realização, que depende do plano de Deus e da nossa leal cooperação.

Começo o meu ministério apostólico durante este ano que o meu venerado Predecessor, Bento XVI, com uma intuição verdadeiramente inspirada, proclamou para a Igreja Católica Ano da Fé. Com esta iniciativa, que eu desejo continuar e espero que sirva de estímulo a todos para a sua caminhada de fé, ele quis assinalar os 50 anos do início do Concílio Vaticano II, propondo uma espécie de peregrinação rumo àquilo que constitui o essencial para cada cristão: a relação pessoal e transformadora com Jesus Cristo, Filho de Deus, que morreu e ressuscitou para nossa salvação. O coração da mensagem conciliar está precisamente no anseio de anunciar este tesouro perenemente válido da fé aos homens do nosso tempo.

Ao encontrar-me convosco, não posso esquecer quanto tenha significado aquele Concílio para o caminho ecuménico. Apraz-me lembrar as palavras que o Beato João XXIII, de quem brevemente celebraremos o cinquentenário da morte, pronunciou no memorável discurso de inauguração: «A Igreja Católica julga dever seu empenhar-se activamente para que se realize o grande mistério daquela unidade que Jesus Cristo pediu com oração ardente ao Pai do Céu, pouco antes do seu sacrifício. Ela goza de paz suave, bem convicta de estar intimamente unida com aquela oração» [AAS 54 (1962), 793]. Isto disse o Papa João.

Sim, queridos irmãos e irmãs em Cristo, sintamo-nos todos intimamente unidos à oração do nosso Salvador na Última Ceia, àquela sua imploração ut unum sint. Peçamos ao Pai misericordioso a graça de viver em plenitude aquela fé que recebemos, em dom, no dia do nosso Baptismo, e de poder dar testemunho livre, feliz e corajoso dela. Este será o melhor serviço que podemos prestar à causa da unidade entre os cristãos, um serviço de esperança para um mundo ainda marcado por divisões, contrastes e rivalidades. Quanto mais formos fiéis à sua vontade nos pensamentos, nas palavras e nas obras, tanto mais caminharemos efectiva e substancialmente para a unidade.

Pela minha parte, na esteira dos meus Predecessores, desejo assegurar a vontade firme de prosseguir no caminho do diálogo ecuménico e desde já agradeço, ao Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, a ajuda que continuará a oferecer, em meu nome, para esta nobilíssima causa. Peço-vos, queridos irmãos e irmãs, que leveis a minha cordial saudação e a certeza da minha recordação no Senhor Jesus às Igrejas e Comunidades cristãs que aqui representais, e a vós peço a caridade de uma oração especial pela minha pessoa, para que possa ser um Pastor segundo o coração de Cristo.

E agora dirijo-me a vós, ilustres representantes do povo judeu, ao qual nos une um vínculo espiritual muito particular, já que, como afirma o Concílio Vaticano II, «a Igreja de Cristo reconhece que os primórdios da sua fé e eleição já se encontram, segundo o mistério divino da salvação, nos patriarcas, em Moisés e nos profetas» (Decl. Nostra aetate, 4). Agradeço a vossa presença e confio que poderemos, com a ajuda do Altíssimo, continuar proficuamente aquele diálogo fraterno que o Concílio almejava (cf. ibid.) e que se tem vindo efectivamente a realizar, produzindo não poucos frutos, sobretudo no decurso das últimas décadas.

Depois saúdo e agradeço cordialmente a todos vós, queridos amigos que pertenceis a outras tradições religiosas: em primeiro lugar, os muçulmanos, que adoram o Deus único, vivo e misericordioso e O invocam na oração, e todos vós. Muito aprecio a vossa presença: nela vejo um sinal palpável da vontade de crescer na estima recíproca e na cooperação em prol do bem comum da humanidade.

A Igreja Católica está ciente da importância que tem a promoção da amizade e do respeito entre homens e mulheres de diferentes tradições religiosas – quero sublinhar isto: promoção da amizade e do respeito entre homens e mulheres de diferentes tradições religiosas –; assim o atesta o valioso trabalho que realiza o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. E de igual modo ela está ciente da responsabilidade que grava sobre todos nós relativamente a este nosso mundo e à criação inteira, que devemos amar e guardar. Muito podemos nós fazer pelo bem de quem é mais pobre, de quem é frágil e de quem sofre, para favorecer a justiça, promover a reconciliação, construir a paz. Mas, acima de tudo, devemos manter viva no mundo a sede do absoluto, não permitindo que prevaleça uma visão unidimensional da pessoa humana, segundo a qual o homem se reduz àquilo que produz e ao que consome: esta é uma das insídias mais perigosas para o nosso tempo.

Sabemos quanta violência produziu, na história recente, a tentativa de eliminar Deus e o divino do horizonte da humanidade, e reconhecemos o valor de dar testemunho, nas nossas sociedades, da abertura originária à transcendência, que está inscrita no coração do ser humano. Nisto, sentimos que estão connosco também todos aqueles homens e mulheres que, embora não se reconhecendo filiados em nenhuma tradição religiosa, todavia andam à procura da verdade, da bondade e da beleza – esta verdade, bondade e beleza de Deus –, e que são nossos preciosos aliados nos esforços por defender a dignidade do homem, na construção duma convivência pacífica entre os povos e na guarda cuidadosa da criação.

Queridos amigos, mais uma vez obrigado pela vossa presença. A todos se estende a minha cordial e fraterna saudação.


AUDIENCE WITH REPRESENTATIVES OF THE CHURCHES AND 
ECCLESIAL COMMUNITIES AND OF THE DIFFERENT RELIGIONS

ADDRESS OF THE HOLY FATHER POPE FRANCIS

Clementine Hall
Wednesday, 20 March 2013

Dear Brothers and Sisters,

Before all else, I express my heartfelt thanks for what my brother Andrew [Ecumenical Patriarch Bartholomaios I] has said to us. Many thanks! Many thanks!

It is a source of particular joy for me to meet today with you, the delegates of the Orthodox Churches, of the Oriental Orthodox Churches and of the Ecclesial Communities of the West. I thank you for taking part in the celebration which marked the beginning of my ministry as the Bishop of Rome and the Successor of Peter.
Yesterday morning, during Holy Mass, through you I felt the spiritual presence of the communities which you represent. In this expression of faith, it seemed that we were experiencing all the more urgently the prayer for unity between believers in Christ and at the same time seeing prefigured in some way its full realization, which depends on God’s plan and our own faithful cooperation.

I begin my apostolic ministry during this year which my venerable predecessor Benedict XVI, with truly inspired intuition, proclaimed for the Catholic Church as a Year of Faith. With this initiative, which I wish to continue and which I trust will prove a stimulus for our common journey of faith, he wanted to mark the fiftieth anniversary of the beginning of the Second Vatican Council by proposing a sort of pilgrimage towards what all Christians consider essential: the personal, transforming encounter with Jesus Christ, the Son of God, who died and rose for our salvation. The core message of the Council is found precisely in the desire to proclaim this perennially valid treasure of faith to the men and women of our time.

Along with you, I cannot forget all that the Council meant for the progress of ecumenism. Here I would like to recall the words of Blessed John XXIII, the fiftieth anniversary of whose death we shall soon celebrate, in his memorable opening address: "The Catholic Church considers it her duty to work actively for the fulfilment of the great mystery of that unity for which Jesus Christ prayed so earnestly to his heavenly Father on the eve of his great sacrifice; the knowledge that she is so intimately associated with that prayer is for her an occasion of ineffable peace and joy" (AAS 54 [1962], 793]. These were the words of Pope John.

Yes, dear brothers and sisters in Christ, let us all feel closely united to the prayer of our Saviour at the Last Supper, to his appeal: ut unum sint. Let us ask the Father of mercies to enable us to live fully the faith graciously bestowed upon us on the day of our Baptism and to bear witness to it freely, joyfully and courageously. This will be the best service we can offer to the cause of Christian unity, a service of hope for a world still torn by divisions, conflicts and rivalries. The more we are faithful to his will, in our thoughts, words and actions, the more we will progress, really and substantially, towards unity.

For my part, I wish to assure you that, in continuity with my predecessors, it is my firm intention to pursue the path of ecumenical dialogue, and I thank the Pontifical Council for Promoting Christian Unity for the help that it continues to provide, in my name, in the service of this most noble cause. I ask you, dear brothers and sisters, to bring my cordial greetings and the assurance of my prayerful remembrance in the Lord Jesus to the Christian communities which you represent, and I beg of you the charity of a special prayer for me, that I may be a pastor according to the heart of Christ.

And now I turn to you, the distinguished representatives of the Jewish people, to whom we are linked by a most special spiritual bond, since, as the Second Vatican Council stated "the Church of Christ recognizes that in God’s plan of salvation the beginnings of her faith and her election are to be found in the patriarchs, Moses and the prophets" (Nostra Aetate, 4). I thank you for your presence and I trust that, with the help of the Most High, we can make greater progress in that fraternal dialogue which the Council wished to encourage (cf. ibid.) and which has indeed taken place, bearing no little fruit, especially in recent decades.

I also greet and cordially thank all of you, dear friends who are followers of other religious traditions; first Muslims, who worship God as one, living and merciful, and invoke him in prayer, and all of you. I greatly appreciate your presence: in it, I see a tangible sign of a will to grow in mutual esteem and in cooperation for the common good of humanity.

The Catholic Church is conscious of the importance of promoting friendship and respect between men and women of different religious traditions – I want to repeat this: promoting friendship and respect between men and women of different religious traditions – a sign of this can be seen in the important work carried out by the Pontifical Council for Interreligious Dialogue. The Church is likewise conscious of the responsibility which all of us have for our world, for the whole of creation, which we must love and protect. There is much that we can do to benefit the poor, the needy and those who suffer, and to favour justice, promote reconciliation and build peace. But before all else we need to keep alive in our world the thirst for the absolute, and to counter the dominance of a one-dimensional vision of the human person, a vision which reduces human beings to what they produce and to what they consume: this is one of the most insidious temptations of our time.

We know how much violence has resulted in recent times from the attempt to eliminate God and the divine from the horizon of humanity, and we are aware of the importance of witnessing in our societies to that primordial openness to transcendence which lies deep within the human heart. In this, we also sense our closeness to all those men and women who, although not identifying themselves as followers of any religious tradition, are nonetheless searching for truth, goodness and beauty, the truth, goodness and beauty of God. They are our valued allies in the commitment to defending human dignity, in building a peaceful coexistence between peoples and in safeguarding and caring for creation.

Dear friends, once again I thank you for your presence. I offer all of you my heartfelt, fraternal good wishes.

                                                    © Copyright 2013 - Libreria Editrice Vaticana

Monday, February 11, 2013

Obrigado ! Thank You !



O Papa Bento XVI lê nesta segunda-feira (11) o anúncio de sua renúncia, durante reunião de cardeais no Vaticano. A imagem foi divulgada pelo jornal ' L'Osservatore Romano', do Vaticano (Foto: AP)


Caríssimos Irmãos,

convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.
Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

BENEDICTUS PP XVI

Dear Brothers,

I have convoked you to this Consistory, not only for the three canonizations, but also to communicate to you a decision of great importance for the life of the Church. After having repeatedly examined my conscience before God, I have come to the certainty that my strengths, due to an advanced age, are no longer suited to an adequate exercise of the Petrine ministry. I am well aware that this ministry, due to its essential spiritual nature, must be carried out not only with words and deeds, but no less with prayer and suffering. However, in today’s world, subject to so many rapid changes and shaken by questions of deep relevance for the life of faith, in order to govern the bark of Saint Peter and proclaim the Gospel, both strength of mind and body are necessary, strength which in the last few months, has deteriorated in me to the extent that I have had to recognize my incapacity to adequately fulfill the ministry entrusted to me. For this reason, and well aware of the seriousness of this act, with full freedom I declare that I renounce the ministry of Bishop of Rome, Successor of Saint Peter, entrusted to me by the Cardinals on 19 April 2005, in such a way, that as from 28 February 2013, at 20:00 hours, the See of Rome, the See of Saint Peter, will be vacant and a Conclave to elect the new Supreme Pontiff will have to be convoked by those whose competence it is.
Dear Brothers, I thank you most sincerely for all the love and work with which you have supported me in my ministry and I ask pardon for all my defects. And now, let us entrust the Holy Church to the care of Our Supreme Pastor, Our Lord Jesus Christ, and implore his holy Mother Mary, so that she may assist the Cardinal Fathers with her maternal solicitude, in electing a new Supreme Pontiff. With regard to myself, I wish to also devotedly serve the Holy Church of God in the future through a life dedicated to prayer.

From the Vatican, 10 February 2013

BENEDICTUS PP XVI

Sunday, January 27, 2013

Homilia do Papa Bento XVI 06/01/2013


SANTA MISSA NA SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR

HOMILIA DO PAPA BENTO XVI
Basílica Vaticana
Domingo, 6 de Janeiro de 2013

Amados irmãos e irmãs!

Para a Igreja crente e orante, os Magos do Oriente, que, guiados pela estrela, encontraram o caminho para o presépio de Belém, são apenas o princípio duma grande procissão que permeia a história. Por isso, a liturgia lê o Evangelho que fala do caminho dos Magos juntamente com as estupendas visões proféticas de Isaías 60 e do Salmo 72 que ilustram, com imagens ousadas, a peregrinação dos povos para Jerusalém. Assim como os pastores – os primeiros convidados para irem até junto do Menino recém-nascido deitado na manjedoura – personificam os pobres de Israel e, em geral, as almas simples que interiormente vivem muito perto de Jesus, assim também os homens vindos do Oriente personificam o mundo dos povos, a Igreja dos gentios: os homens que, ao longo de todos os séculos, se encaminham para o Menino de Belém, n’Ele honram o Filho de Deus e se prostram diante d’Ele. A Igreja chama a esta festa «Epifania» – a manifestação do Divino. Se considerarmos o facto de que desde então homens de todas as proveniências, de todos os continentes, das mais diversas culturas e das diferentes formas de pensamento e de vida se puseram, e estão, a caminho de Cristo, podemos verdadeiramente dizer que esta peregrinação e este encontro com Deus na figura do Menino é uma Epifania da bondade de Deus e do seu amor pelos homens (cf. Tt 3, 4).
Seguindo uma tradição iniciada pelo Beato Papa João Paulo II, celebramos a festa da Epifania também como dia da Ordenação episcopal de quatro sacerdotes que daqui em diante irão colaborar, em diferentes funções, com o Ministério do Papa em prol da unidade da única Igreja de Jesus Cristo na pluralidade das Igrejas particulares. A conexão entre esta Ordenação episcopal e o tema da peregrinação dos povos para Jesus Cristo é evidente. O Bispo tem a missão não apenas de se incorporar nesta peregrinação juntamente com os demais, mas de ir à frente e indicar a estrada. Nesta liturgia, porém, queria reflectir convosco sobre uma questão ainda mais concreta. Com base na história narrada por Mateus, podemos certamente fazer uma ideia aproximada do tipo de homens que, seguindo o sinal da estrela, se puseram a caminho para encontrar aquele Rei que teria fundado uma nova espécie de realeza, e não só para Israel mas para a humanidade inteira. Que tipo de homens seriam então eles? E perguntemo-nos também se a partir deles, não obstante a diferença dos tempos e das funções, seja possível vislumbrar algo do que é o Bispo e de como deve ele cumprir a sua missão.
Os homens que então partiram rumo ao desconhecido eram, em definitiva, pessoas de coração inquieto; homens inquietos movidos pela busca de Deus e da salvação do mundo; homens à espera, que não se contentavam com seus rendimentos assegurados e com uma posição social provavelmente considerável, mas andavam à procura da realidade maior. Talvez fossem homens eruditos, que tinham grande conhecimento dos astros e, provavelmente, dispunham também duma formação filosófica; mas não era apenas saber muitas coisas que queriam; queriam sobretudo saber o essencial, queriam saber como se consegue ser pessoa humana. E, por isso, queriam saber se Deus existe, onde está e como é; se Se preocupa connosco e como podemos encontrá-Lo. Queriam não apenas saber; queriam conhecer a verdade acerca de nós mesmos, de Deus e do mundo. A sua peregrinação exterior era expressão deste estar interiormente a caminho, da peregrinação interior do seu coração. Eram homens que buscavam a Deus e, em última instância, caminhavam para Ele; eram indagadores de Deus.
Chegamos assim à questão: Como deve ser um homem a quem se impõem as mãos para a Ordenação episcopal na Igreja de Jesus Cristo? Podemos dizer: deve ser sobretudo um homem cujo interesse se dirige para Deus, porque só então é que ele se interessa verdadeiramente também pelos homens. E, vice-versa, podemos dizer: um Bispo deve ser um homem que tem a peito os outros homens, que se deixa tocar pelas vicissitudes humanas. Deve ser um homem para os outros; mas só poderá sê-lo realmente, se for um homem conquistado por Deus: se, para ele, a inquietação por Deus se tornou uma inquietação pela sua criatura, o homem. Como os Magos do Oriente, também um Bispo não deve ser alguém que se limita a exercer o seu ofício, sem se importar com mais nada; mas deve deixar-se absorver pela inquietação de Deus com os homens. Deve, por assim dizer, pensar e sentir em sintonia com Deus. Não é apenas o homem que tem em si a inquietação constitutiva por Deus, mas esta inquietação é uma participação na inquietação de Deus por nós. Foi por estar inquieto connosco que Deus veio atrás de nós até à manjedoura; mais: até à cruz. «A buscar-me Vos cansastes, pela Cruz me resgatastes: tanta dor não seja em vão!»: reza a Igreja no Dies irae. A inquietação do homem por Deus e, a partir dela, a inquietação de Deus pelo homem não devem dar tréguas ao Bispo. É isto que queremos dizer, ao afirmar que o Bispo deve ser sobretudo um homem de fé; porque a fé nada mais é do que ser interiormente tocado por Deus, condição esta que nos leva pelo caminho da vida. A fé atrai-nos para dentro de um estado em que somos arrebatados pela inquietação de Deus e faz de nós peregrinos que estão interiormente a caminho para o verdadeiro Rei do mundo e para a sua promessa de justiça, de verdade e de amor. Nesta peregrinação, o Bispo deve ir à frente, deve ser aquele que indica aos homens a estrada para a fé, a esperança e o amor.
A peregrinação interior da fé para Deus realiza-se sobretudo na oração. Santo Agostinho disse certa vez que a oração, em última análise, nada mais seria do que a actualização e a radicalização do nosso desejo de Deus. No lugar da palavra «desejo», poderíamos colocar também a palavra «inquietação» e dizer que a oração quer arrancar-nos da nossa falsa comodidade, da nossa clausura nas realidades materiais, visíveis, para nos transmitir a inquietação por Deus, tornando-nos assim abertos e inquietos uns para com os outros. O Bispo, como peregrino de Deus, deve ser sobretudo um homem que reza, deve estar em permanente contacto interior com Deus; a sua alma deve estar aberta de par em par a Deus. As dificuldades suas e dos outros bem como as suas alegrias e as dos demais deve levá-las a Deus e assim, a seu modo, estabelecer o contacto entre Deus e o mundo na comunhão com Cristo, para que a luz de Cristo brilhe no mundo.
Voltemos aos Magos do Oriente. Eles eram também e sobretudo homens que tinham coragem; tinham a coragem e a humildade da fé. Era preciso coragem a fim de acolher o sinal da estrela como uma ordem para partir, para sair rumo ao desconhecido, ao incerto, por caminhos onde havia inúmeros perigos à espreita. Podemos imaginar que a decisão destes homens tenha provocado sarcasmo: o sarcasmo dos ditos realistas que podiam apenas zombar das fantasias destes homens. Quem partia baseado em promessas tão incertas, arriscando tudo, só podia aparecer como ridículo. Mas, para estes homens tocados interiormente por Deus, era mais importante o caminho segundo as indicações divinas do que a opinião alheia. Para eles, a busca da verdade era mais importante que a zombaria do mundo, aparentemente inteligente.
Vendo tal situação, como não pensar na missão do Bispo neste nosso tempo? A humildade da fé, do crer juntamente com a fé da Igreja de todos os tempos, há-de encontrar-se, vezes sem conta, em conflito com a inteligência dominante daqueles que se atêm àquilo que aparentemente é seguro. Quem vive e anuncia a fé da Igreja encontra-se em desacordo também em muitos aspectos, com as opiniões dominantes precisamente no nosso tempo. O agnosticismo, hoje largamente imperante, tem os seus dogmas e é extremamente intolerante com tudo o que o põe em questão, ou põe em questão os seus critérios. Por isso, a coragem de contradizer as orientações dominantes é hoje particularmente premente para um Bispo. Ele tem de ser valoroso; e esta valentia ou fortaleza não consiste em ferir com violência, na agressividade, mas em deixar-se ferir e fazer frente aos critérios das opiniões dominantes. A coragem de permanecer firme na verdade é inevitavelmente exigida àqueles que o Senhor envia como cordeiros para o meio de lobos. «Aquele que teme o Senhor nada temerá», diz Ben Sirá (34, 14). O temor de Deus liberta do medo dos homens; faz-nos livres!
Neste contexto, recordo um episódio dos primórdios do cristianismo que São Lucas narra nosActos dos Apóstolos. Depois do discurso de Gamaliel, que desaconselha a violência contra a comunidade nascente dos crentes em Jesus, o Sinédrio convocou os Apóstolos e fê-los flagelar. Depois proibiu-os de pregar em nome de Jesus e pô-los em liberdade. São Lucas continua: Os Apóstolos «saíram da sala do Sinédrio cheios de alegria por terem sido considerados dignos de sofrer vexames por causa do Nome de Jesus. E todos os dias (...) não cessavam de ensinar e de anunciar a Boa-Nova de Jesus, o Messias» (Act 5, 41-42). Também os sucessores dos Apóstolos devem esperar ser, repetidamente e de forma moderna, flagelados, se não cessam de anunciar alto e bom som a Boa-Nova de Jesus Cristo; hão-de então alegrar-se por terem sido considerados dignos de sofrer ultrajes por Ele. Naturalmente queremos, como os Apóstolos, convencer as pessoas e, neste sentido, obter a sua aprovação; naturalmente não provocamos, antes, pelo contrário, convidamos todos a entrarem na alegria da verdade que indica a estrada. Contudo o critério ao qual nos submetemos não é a aprovação das opiniões dominantes; o critério é o próprio Senhor. Se defendemos a sua causa, conquistaremos incessantemente, pela graça de Deus, pessoas para o caminho do Evangelho; mas inevitavelmente também seremos flagelados por aqueles cujas vidas estão em contraste com o Evangelho, e então poderemos ficar agradecidos por sermos considerados dignos de participar na Paixão de Cristo.
Os Magos seguiram a estrela e assim chegaram a Jesus, à grande Luz que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem (cf. Jo 1, 9). Como peregrinos da fé, os Magos tornaram-se eles mesmos estrelas que brilham no céu da história e nos indicam a estrada. Os santos são as verdadeiras constelações de Deus, que iluminam as noites deste mundo e nos guiam. São Paulo, na Carta aos Filipenses, disse aos seus fiéis que devem brilhar como astros no mundo (cf. 2, 15).
Queridos amigos, isto diz respeito também a nós. Isto diz respeito sobretudo a vós que ides agora ser ordenados Bispos da Igreja de Jesus Cristo. Se viverdes com Cristo, ligados a Ele novamente no Sacramento, então também vós vos tornareis sábios; então tornar-vos-eis astros que vão à frente dos homens e indicam-lhes o caminho certo da vida. Neste momento, todos nós aqui rezamos por vós, pedindo que o Senhor vos encha com a luz da fé e do amor, que a inquietação de Deus pelo homem vos toque, que todos possam experimentar a sua proximidade e receber o dom da sua alegria. Rezamos por vós, para que o Senhor sempre vos dê a coragem e a humildade da fé. Rezamos a Maria, que mostrou aos Magos o novo Rei do mundo (cf. Mt 2, 11), para que, como Mãe amorosa, mostre Jesus Cristo também a vós e vos ajude a serdes indicadores da estrada que leva a Ele. Amen.


EUCHARISTIC CELEBRATION
ON THE SOLEMNITY OF THE EPIPHANY OF THE LORD

HOMILY OF HIS HOLINESS BENEDICT XVI
Vatican Basilica
Sunday, 6 January 2013

Dear Brothers and Sisters,

For the Church which believes and prays, the Wise Men from the East who, guided by the star, made their way to the manger of Bethlehem, are only the beginning of a great procession which winds throughout history. Thus the liturgy reads the Gospel which relates the journey of the Wise Men, together with the magnificent prophetic visions of the sixtieth chapter of the Book of Isaiah and Psalm 71, which depict in bold imagery the pilgrimage of the peoples to Jerusalem. Like the shepherds, who as the first visitors to the newborn Child in the manger, embodied the poor of Israel and more generally those humble souls who live in deep interior closeness to Jesus, so the men from the East embody the world of the peoples, the Church of the Gentiles – the men and women who in every age set out on the way which leads to the Child of Bethlehem, to offer him homage as the Son of God and to bow down before him. The Church calls this feast “Epiphany” – the appearance of the Godhead. If we consider the fact that from the very beginning men and women of every place, of every continent, of all the different cultures, mentalities and lifestyles, have been on the way to Christ, then we can truly say that this pilgrimage and this encounter with God in the form of a Child is an epiphany of God’s goodness and loving kindness for humanity (cf. Tit 3:4).
Following a tradition begun by Pope John Paul II, we celebrate the feast of the Epiphany of the Lord also as the day when episcopal ordination will be conferred on four priests who will now cooperate in different ways in the ministry of the Pope for the unity of the one Church of Jesus Christ in the multiplicity of the Particular Churches. The connection between this episcopal ordination and the theme of the pilgrimage of the peoples to Jesus Christ is evident. It is the task of the Bishop in this pilgrimage not merely to walk beside the others, but to go before them, showing the way. But in this liturgy I would like to reflect with you on a more concrete question. Based on the account of Matthew, we can gain a certain idea of what sort of men these were, who followed the sign of the star and set off to find that King who would establish not only for Israel but for all mankind a new kind of kingship. What kind of men were they? And we can also ask whether, despite the difference of times and tasks, we can glimpse in them something of what a Bishop is and how he is to carry out his task.
These men who set out towards the unknown were, in any event, men with a restless heart. Men driven by a restless quest for God and the salvation of the world. They were filled with expectation, not satisfied with their secure income and their respectable place in society. They were looking for something greater. They were no doubt learned men, quite knowledgeable about the heavens and probably possessed of a fine philosophical formation. But they desired more than simply knowledge about things. They wanted above all else to know what is essential. They wanted to know how we succeed in being human. And therefore they wanted to know if God exists, and where and how he exists. Whether he is concerned about us and how we can encounter him. Nor did they want just to know. They wanted to understand the truth about ourselves and about God and the world. Their outward pilgrimage was an expression of their inward journey, the inner pilgrimage of their hearts. They were men who sought God and were ultimately on the way towards him. They were seekers after God.

Here we come to the question: What sort of man must he be, upon whom hands are laid in episcopal ordination in the Church of Jesus Christ? We can say that he must above all be a man concerned for God, for only then will he also be truly concerned about men. Inversely, we could also say that a Bishop must be a man concerned for others, one who is concerned about what happens to them. He must be a man for others. But he can only truly be so if he is a man seized by God, if concern for God has also become for him concern for God’s creature who is man. Like the Wise Men from the East, a Bishop must not be someone who merely does his job and is content with that. No, he must be gripped by God’s concern for men and women. He must in some way think and feel with God. Human beings have an innate restlessness for God, but this restlessness is a participation in God’s own restlessness for us. Since God is concerned about us, he follows us even to the crib, even to the Cross. “Thou with weary steps hast sought me, crucified hast dearly bought me, may thy pains not be in vain”, the Church prays in the Dies Irae. The restlessness of men for God and hence the restlessness of God for men must unsettle the Bishop. This is what we mean when we say that, above all else, the Bishop must be a man of faith. For faith is nothing less than being interiorly seized by God, something which guides us along the pathways of life. Faith draws us into a state of being seized by the restlessness of God and it makes us pilgrims who are on an inner journey towards the true King of the world and his promise of justice, truth and love. On this pilgrimage the Bishop must go ahead, he must be the guide pointing out to men and women the way to faith, hope and love.
Faith’s inner pilgrimage towards God occurs above all in prayer. Saint Augustine once said that prayer is ultimately nothing more than the realization and radicalization of our yearning for God. Instead of “yearning”, we could also translate the word as “restlessness” and say that prayer would detach us from our false security, from our being enclosed within material and visible realities, and would give us a restlessness for God and thus an openness to and concern for one another. The Bishop, as a pilgrim of God, must be above all a man of prayer. He must be in constant inner contact with God; his soul must be open wide to God. He must bring before God his own needs and the needs of others, as well as his joys and the joys of others, and thus in his own way establish contact between God and the world in communion with Christ, so that Christ’s light can shine in the world.
Let us return to the Wise Men from the East. These were also, and above all, men of courage, the courage and humility born of faith. Courage was needed to grasp the meaning of the star as a sign to set out, to go forth – towards the unknown, the uncertain, on paths filled with hidden dangers. We can imagine that their decision was met with derision: the scorn of those realists who could only mock the reveries of such men. Anyone who took off on the basis of such uncertain promises, risking everything, could only appear ridiculous. But for these men, inwardly seized by God, the way which he pointed out was more important than what other people thought. For them, seeking the truth meant more than the taunts of the world, so apparently clever.
How can we not think, in this context, of the task of a Bishop in our own time? The humility of faith, of sharing the faith of the Church of every age, will constantly be in conflict with the prevailing wisdom of those who cling to what seems certain. Anyone who lives and proclaims the faith of the Church is on many points out of step with the prevalent way of thinking, even in our own day. Today’s regnant agnosticism has its own dogmas and is extremely intolerant regarding anything that would question it and the criteria it employs. Therefore the courage to contradict the prevailing mindset is particularly urgent for a Bishop today. He must be courageous. And this courage or forcefulness does not consist in striking out or in acting aggressively, but rather in allowing oneself to be struck and to be steadfast before the principles of the prevalent way of thinking. The courage to stand firm in the truth is unavoidably demanded of those whom the Lord sends like sheep among wolves. “Those who fear the Lord will not be timid”, says the Book of Sirach (34:16). The fear of God frees us from the fear of men. It liberates.
Here I am reminded of an episode at the very beginning of Christianity which Saint Luke recounts in the Acts of the Apostles. After the speech of Gamaliel, who advised against violence in dealing with the earliest community of believers in Jesus, the Sanhedrin summoned the Apostles and had them flogged. It then forbade them from preaching in the name of Jesus and set them free. Saint Luke continues: “As they left the council, they rejoiced that they were considered worthy to suffer dishonour for the name of Jesus. And every day… they did not cease to teach and proclaim Jesus as the Messiah” (Acts 5:40ff.). The successors of the Apostles must also expect to be repeatedly beaten, by contemporary methods, if they continue to proclaim the Gospel of Jesus Christ in a way that can be heard and understood. Then they can rejoice that they have been considered worthy of suffering for him. Like the Apostles, we naturally want to convince people and in this sense to obtain their approval. Naturally, we are not provocative; on the contrary we invite all to enter into the joy of that truth which shows us the way. The approval of the prevailing wisdom, however, is not the criterion to which we submit. Our criterion is the Lord himself. If we defend his cause, we will constantly gain others to the way of the Gospel. But, inevitably, we will also be beaten by those who live lives opposed to the Gospel, and then we can be grateful for having been judged worthy to share in the passion of Christ.
The Wise Men followed the star, and thus came to Jesus, to the great Light which enlightens everyone coming into this world (cf. Jn 1:9). As pilgrims of faith, the Wise Men themselves became stars shining in the firmament of history and they show us the way. The saints are God’s true constellations, which light up the nights of this world, serving as our guides. Saint Paul, in his Letter to the Philippians, told his faithful that they must shine like stars in the world (cf. 2:15).
Dear friends, this holds true for us too. It holds true above all for you who are now to be ordained Bishops of the Church of Jesus Christ. If you live with Christ, bound to him anew in this sacrament, then you too will become wise men. Then you will become stars which go before men and women, pointing out to them the right path in life. All of us here are now praying for you, that the Lord may fill you with the light of faith and love. That that restlessness of God for man may seize you, so that all may experience his closeness and receive the gift of his joy. We are praying for you, that the Lord may always grant you the courage and humility of faith. We ask Mary, who showed to the Wise Men the new King of the world (cf. Mt 2:11), as a loving mother, to show Jesus Christ also to you and to help you to be guides along the way which leads to him. Amen.

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